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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O MATRIMÔNIO COMO EXEMPLO DE RELACIONAMENTO COM DEUS


Deus tem formas muito didáticas para lidar com seu próprio povo, e Oseias, o primeiro dos chamados profetas menores, é um exemplo disso. Nele vemos a forma com que Deus chama a atenção de Israel e de sua infidelidade, e de que forma agiria para que o seu povo se tornasse para Ele. É uma prova do quanto Deus ama seu povo insistentemente, ainda que esse mesmo povo não mereça.

QUEM FOI OSEIAS
Oseias, o primeira dos chamados profetas menores, foi filho de um homem chamado Beeri. A Bíblia registra que ele se casou e que teve três filhos. Pelo que apresenta a Bíblia, sua mulher, Gomer, foi uma prostituta. Ela deu a Oseias três filhos: Jezreel (Deus espalhou), Lo-Ruama, uma menina(desprezada) e Lo-ami, outro filho (Não é meu povo). Há quem creia que desses três filhos  apenas o mais velho era de Oseias, e  os dois outros seriam fruto das traições de Gomer. A família de Oseias, como se percebe, não era das mais dignas de serem seguidas.
A literalidade do casamento de Oseias tem sido muito discutida. Muitos especialistas no Antigo Testamento pensam que Deus não ordenaria a um de seus profetas que se casasse com uma prostituta. Entende-se que Oseias, por ser profeta, era um homem consagrado. Como Deus iria ordenar a um homem temente a casar-se com uma mulher cuja reputação era questionável, por força de seus hábitos totalmente reprováveis? Se essa perspectiva puder ser aceita, teremos então que tal união jamais aconteceu. Ocorre que Osias descreve os acontecimentos como literais, a ponto de dizer que Gomer tem três filhos depois de se casar com ele. Além disso, nenhum referência existe na profecia de que o casamento de Oseias com Gomer deve ser entendido como uma figura parabólica.
Nesse aspecto, para que haja um equilíbrio dentro das diversas opiniões, Gleason L. Archer Jr sugere que a melhor solução ao problema acha-se na suposição que quando Oseias se casou com Gomer, esta não seria uma mulher de moral abertamente baixa. 

(Fonte: Os doze Profetas Menores)

COMPROU VOTOS E FOI PEDIR A BÊNÇÃO PARA O MANDATO



Candidatos evangélicos (ou não-evangélicos) eleitos através da compra de votos ou de outros meios ilícitos, não deveriam ser convidados, nem procurar a igreja, ministério e pastor para pedir a bênção para o mandato, antes, deveriam confessar os seus pecados e pedir perdão.

Quem na eleição corrompe e usa da ilegalidade, imagina o que será capaz de  fazer depois.

Aos que foram eleitos mediante uma postura ética e cristã,  de forma digna e honesta, o meu conselho é que busquem o bem de todo o povo, e acima de tudo a glória de Deus.


domingo, 8 de julho de 2012


A LIDERANÇA EVANGÉLICA BRASILEIRA E A POLÍTICA SECULAR: ACERTOS E DESACERTOS

Mais um pleito eleitoral se aproxima e as discussões em torno do envolvimento da igreja evangélica com a política secular ressurgem com toda a força.
Fazer uma análise da real situação num país tão grande como o Brasil é uma tarefa bastante complexa, mas nada que impeça uma breve reflexão, resultado de vivências e observações críticas da realidade.
Indo direto ao ponto, e fundamentado na postura de algumas lideranças evangélicas em torno da questão, percebo pelo menos sete situações concretas: lideranças corruptas, lideranças comprometidas, lideranças ingênuas, lideranças engajadas, lideranças resistentes, lideranças convenientes e lideranças cuidadosas.
Na primeira situação, a liderança evangélica corrupta já se vendeu e se corrompeu, perdendo todo o escrúpulo, ética, moral e acima de tudo, o temor a Deus. Fazem toda a sorte de negociatas com políticos corruptos, que não a respeitam e se gloriam de tê-la nas mãos.
Na segunda situação, a liderança evangélica comprometida, mesmo bem intencionada, percebe o quanto se envolveu com o sistema e o esquema, pensa numa forma de sair, mas não consegue achar. Nessa situação, os políticos fazem cobranças dos favores concedidos e não aceitam a esquiva do líder em não apoiar os seus projetos políticos e eletivos. Em alguns casos, ameaçam tornar públicos alguns fatos que comprometeriam a reputação do líder evangélico diante da comunidade cristã e da opinião pública.
Na terceira situação, a liderança evangélica ingênua, geralmente não experimentada nas relações políticas, sucumbe diante da sedução dos elogios, das ofertas (dinheiros, títulos, cargos, vantagens, etc.) direcionadas ao indivíduo ou à instituição, e não imagina o que isso lhe custará. Os ingênuos acabam na mão das cobras-criadas e das velhas raposas (travestidos de políticos e assessores, “crentes” ou não).
Na quarta situação, a liderança evangélica engajada declara e insiste que é possível lidar com a política, sem necessariamente estar comprometido com qualquer tipo de esquema, corrupção ou negociata. Argumentam que a presença de representantes nas diversas esferas da política nacional é importante e fundamental para a garantia do pleno exercício da liberdade religiosa. Adotam a posição de defensores dos direitos civis da igreja.
Na quinta situação, a liderança evangélica resistente demoniza, repudia e não admite qualquer relação de proximidade entre igreja e política. Chegam a afirmar que política é coisa do diabo. Neste caso, a alienação é compreendida como santificação. Sustentam sua posição apontando para as experiências negativas de outras lideranças no envolvimento com política e políticos.
Na sexta situação, a liderança evangélica conveniente não se define totalmente. A sua posição em relação ao envolvimento com a política e com partidos depende do momento e das circunstâncias imediatas. Se for para se “queimar” fica de fora. Se alguma possível vantagem, desde que não venha lhe trazer alguns desgaste for sinalizada, ele manifesta apoio publicamente e entra de cabeça no processo. A liderança conveniente é contraditória. Para tal liderança as questões ideológicas são irrelevantes. O seu apoio político a determinado candidato ou partido muda a cada pleito. A alternância de suas preferências depende do que “rolou” nos anos passados, e do que está “rolando” no presente.
Na sétima situação, a liderança evangélica cuidadosa, sendo sabedora daquilo que outros líderes vivenciam, resiste de todas as formas às pressões de fora e de dentro (movidas por interesses pessoais), evitando ao máximo qualquer aliança, pacto ou compromisso com a política secular. Esses buscam a politização da igreja, a educação política dos seus membros para o pleno e livre exercício de sua cidadania. Estão dispostos a cooperar com os poderes legislativo, judiciário e executivo, desde que tal cooperação não promova a transgressão dos princípios imutáveis da Palavra de Deus. Oram pelos governantes, e honram a quem é devida a honra.
Seja qual for o perfil e a situação vivenciada pela liderança evangélica em seu contexto imediato no Brasil (principalmente nos governos eclesiásticos episcopais, como no caso das Assembleias de Deus), algumas questões precisam ficar claras e bem definidas:
- A capacidade crítica dos membros da igreja não deve ser subestimada;
- A liberdade do exercício da cidadania dos membros da igreja não deve ser violentada;
- O coronelismo e o totalitarismo evangélico já faliram;
- O tempo do curral eleitoral eclesiástico já se foi;
- O líder evangélico não é “dono” dos votos da igreja local;
- O líder evangélico pode emitir sua opinião e preferência política, mas não deve impô-la;
- O líder evangélico, no caso de manifestar apoio a algum candidato, deve tentar convencer a igreja em vez de coagir, constranger e ameaçar a mesma;
Se a sua posição como líder evangélico em relação à política promove o aumento de problemas, desgastes, divisões e de outros males para igreja local, reveja urgentemente vossa postura e prática.
Não deixe que a política secular comprometa a vossa vocação ministerial. Não permita que o seu ministério caia no descrédito. Não destrua o que foi construído ao longo dos anos. Se você perder a capacidade de influenciar positivamente as pessoas, perderá a sua liderança.
Siga o exemplo de Jesus e dos santos apóstolos, e não relativize os princípios das Sagradas Escrituras.
No temor de Cristo e em oração pela liderança evangélica brasileira,
Altair Germano.

FONTE: BLOG DO PR.ALTAIR GERMANO.

sexta-feira, 8 de junho de 2012


O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL
Texto Áureo: Ap. 14.7 – Leitura Bíblica: Ap. 14.1-7

Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a respeito da proclamação do evangelho do reino em meio ao império do mal. Inicialmente, apresentaremos a atuação das duas testemunhas durante a Tribulação. Em seguida, abordaremos o evangelho do Reino de Deus, atualmente e no período da Tribulação. Ao final, destacaremos a relação desse evangelho diante do império do Mal, regido pela besta, o anticristo e o falso profeta.

1. AS DUAS TESTEMUNHAS
Durante o período da Tribulação, o Senhor dará duas testemunhas que profetizarão por “mil duzentos e sessenta dias” (Ap. 11.3). Essa é uma demonstração de que Deus estará com o Seu povo, para mostrar o caminho certo, mesmo em situação adversa. Em alusão à profecia de Zacarias (Zc. 4.12), as testemunhas são comparadas às duas oliveiras e os dois candeeiros. No contexto daquele profeta, esses são o sacerdote Josué (Zc. 3.1) e o governador Zorobabel (Zc. 4.6,7). A respeito da identidade dessas duas testemunhas, é possível associá-las a Elias e Moisés, já que, conforme está escrito em Ap. 11.6, teve “autoridade para fechar o céu, para que não chova”, e “poder sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos”. Mas não podemos afirmar categoricamente que se tratam literalmente de Elias e Moisés, tendo em vista que eles apareceram como figuras na Transfiguração (Mc. 8.4). É bem possível que essas testemunhas apenas atuem no mesmo poder, tal como João Batista representou Elias (Mt. 11.14; 17.10-13). Essas testemunhas serão martirizadas, vitimadas pela truculência da besta. Os corpos das duas testemunhas ficarão expostos e insepultos, atitude que demonstrava indignidade no mundo antigo (Ap. 11.8). Está escrito que “seus cadáveres ficarão estirados na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o Senhor foi crucificado”. A cidade a que o apóstolo se refere é Jerusalém, isso quer dizer que o governo do anticristo parte de Roma até Jerusalém. A alusão às cidades de “Sodoma e Egito” aponta para a hostilidade contra Deus, tal qual os habitantes daquela antiga cidade (Gn. 19.1-11). Essas duas testemunhas ressuscitarão depois de “três dias e meio”, pois “um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou e eles se ergueram sobre seus pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo” (Ap. 11.11). Essa é uma demonstração de que Deus não abandona os seus, os que viram a ressurreição das testemunhas ouviram “grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu na nuvem, e os seus inimigos as contemplaram” (Ap. 11.12). Deus não apenas se interessa pelos seus, Ele também os vinga, “naquela hora houve grande terremoto e ruiu a décima parte da cidade, e morreram nesse terremoto sete mil pessoas” (Ap. 11.13).

2. O EVANGELHO DO REINO
Essas testemunhas pregavam o evangelho do Reino, o estabelecimento do governo de Cristo. Evangelho, em grego euangelion, diz respeito às “boas novas” sobre a salvação que Deus providenciou através de Jesus Cristo. Paulo o define como “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1.16). Trata-se do cumprimento cabal das profecias da Antiga Aliança, e está intimamente relacionado ao Reino de Deus. Por isso Jesus anuncia: “o tempo é chegado, o Reino de Deus está próximo, arrependei-vos e crede no evangelho" (Mt. 1.15). O evangelho não deva circunscrever-se às fronteiras de uma nação, é digno de ser levado até aos confins da terra (Mc. 16.15; At. 1.8). O evangelho de Jesus, o qual Paulo, algumas vezes, se refere como “meu evangelho” , é a propagação da mensagem da morte e ressurreição de Cristo (Rm. 2.16; 16.25; II Co. 4.3; I Ts. 1.5; II Tm. 2.8). Não se deve confundir o evangelho de Cristo com outros evangelhos, que nada têm a ver com os ensinamentos dos falsos mestres (II Co. 11.4; Gl. 1.6,11; 2.2). O evangelho de Cristo é a verdade (Gl. 2.5; Cl. 1.5), portanto, deve ser confessado (II Co. 9.13), aqueles que o desobedecerem serão condenados (II Ts. 1.8; I Pe. 4.17). Durante os sete anos de Tribulação o evangelho do reino será pregado, então virá o fim (Mt. 24.14). Isso nada tem a ver com o arrebatamento, pois a igreja já foi arrebatada. Não se pode condicionar o arrebatamento da igreja à pregação total do evangelho às nações. Durante a Tribulação, alguns acreditarão no evangelho do reino, uns serão preservados (Ap. 7.1-17; 14.1-7) outros martirizados sob a perseguição da besta e do anticristo (Ap. 15.2-4).

3. O REINO E O IMPÉRIO DO MAL
No capítulo 14 do Apocalipse João registra o futuro daqueles que foram preservados durante a Grande Tribulação. O foco é direcionado não mais à besta e ao anticristo, mas aos que foram redimidos, que não trazem a marca da Besta, mas de Deus. Esses se recusaram a receber a marca da Besta, foram martirizados, mas a salvação deles é assegurada, e não são poucos, trata-se de 144 mil das tribos de Israel e uma grande multidão de várias etnias. Sião, nesse texto, pode ser simbólica, tendo em vista que se refere à Jerusalém, a cidade do Ungido de Deus (Sl. 2), ainda que não se possa descartar que no monte Sião e em Jerusalém estarão os que forem salvos (Jl. 2.32). Ademais, Sião se tornará a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial (Hb. 12.22). Os salvos “não se macularam com mulheres, porque são castos”. A palavra “castos”, em grego, é parthenoique significa virgens. Essa castidade diz respeito à pureza espiritual, consoante ao que expõe Paulo em II Co. 11.2, no que tange à igreja. Desde o Antigo Testamento, a apostasia de Israel, ao se voltar aos deuses falsos é reconhecida como adultério. Portanto, a castidade dos 144 mil é de natureza espiritual, pois estes não se dobraram diante da besta, seu anticristo e o falso profeta. Por fim, João vê um anjo voado no céu, é outro anjo, que trazia uma mensagem, a respeito do “evangelho eterno” (Ap. 14.6). Esse evangelho não se distingue, em natureza, do evangelho de Cristo, pois conclama ao arrependimento. Isso que dizer que ainda há tempo para aqueles que, mesmo em meio à tribulação, darem glória a Deus (Ap. 14.7). Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez. 33.11), não quer que ninguém pereça (II Pe. 3.9), por isso chama todos ao arrependimento (At. 17.30)

CONCLUSÃO
O evangelho relatado no Apocalipse diz respeito ao Reino de Cristo, que será implantado durante o Milênio (Ap. 20.1-6). As duas testemunhas proclamarão esse evangelho e por causa dele serão martirizadas. A igreja de Cristo nos dias atuais proclama o evangelho para a salvação, a verdade de que Ele morreu e ressuscitou de entre os mortos, para que todo aquele que nEle crê tenha vida eterna. Não só em Judéia e Samaria, mas até aos confins da terra, no poder do Espírito Santo (At. 1.8).

BIBLIOGRAFIA
LADD, G. Apocalipse: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1980.
SILVA, S. P. Apocalipse versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.

domingo, 20 de maio de 2012

Laodiceia, a igreja morna


 E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:  Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.(Ap 3. 14-22)

Laodiceia, uma cidade soberba
Centro financeiro da Ásia Menor, laodiceia destacava-se também pela indústria têxtil e por uma escola de medicina especializada em oftalmologia. No entanto, via-se em grandes dificuldades, por causa de seu precário abastecimento de água.
Fundada em 250 a.C., a cidade ocupava uma posição estratégica, e, por isso mesmo, muito cobiçada na Ásia Menor. De leste a oeste, era cortada pela estrada pérgamo-Sardes. E, do fértil Vale do Licos, tirava o necessário para o florescimento de sua agricultura.
No ano 60 d.C., Laodiceia foi abalada por um grande terremoto. Mas, soberba e prepotente, recusou-se a reconstruir-se com o auxílio do Império Romano. Ela mesma encarregou-se de reerguer-se do pó, e fez questão de mostrar que nada poderia destruir-lhe a formidável riqueza. Afinal, era a Cida dos banqueiros e milionários. Sua influência estendia-se por toda a região, e acabou por afetar até mesmo a igreja estabelecida em seus termos.

Uma igreja cercada por Laodiceia
Quando Israel chegou ás cercanias de Jericó, a cidade foi tomada pelo terror, não porque o exército hebreu fosse numeroso. Ela foi aterrorizada porque os israelitas eram precedidos por um testemunho profético e sacerdotal. E isso fez com que Jericó se encerrasse em seus muros, pois sabia que Israel tinha um firme compromisso com o Deus santo e verdadeiro. O cerco daquela impenitente cidade era implacável, conforme informa o autor sagrado: “Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava”(Js 6.1).
A  igreja em Laodiceia, porém, já não tinha testemunho, nem profecia, nem sacerdócio. Ao invés de sitiar, deixou-se sitiar. Em vez de transformar, conformou-se. E, agora, já não havia diferença entre ela e Laodiceia. Sobrepujada por esta, já não tinha força testemunhal para levar a opulenta e orgulhosa cidade a receber o Evangelho de Cristo.
Apesar de haver sido estabelecida como resultado de um grande avivamento, a igreja em Laodiceia acabou por conformar-se áquela atraente, mas iníqua metrópole. Foi por isso que Jesus escolheu-a como uma das destinatárias do Apocalipse. Com isso, visava o Senhor a duas coisas. Em primeiro lugar, corrigir a postura daquela rebanho e conduzi-lo na Palavra de Deus. E, também, alertar as demais igrejas a que fujam da mornidão espiritual.


(ANDRADE, Claudionor. Os sete castiçais de ouro: A mensagem final de cristo à igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, PP. 128, 129). 


segunda-feira, 7 de maio de 2012

SARDES, A IGREJA MORTA


Ninguém conseguia acreditar que bem ali, entre as congregações da Ásia Menor, jazia uma igreja morta. Deitada naquele luxuoso esquife, lembrava mais a Bela Adormecida. Infelizmente, não era um conto que e narrava ali. O que se via era um drama desenrolado em tragédia. Contemplado-a mais perto, tinha-se a impressão de que ela, estendida placidamente no ataúde de seu eclesiasticismo burocrático e inflexível, aguardava apenas a chegada do príncipe. E, que este, com um único beijo, devolvê-la-ia  à vida. A história poderia, então, ter um final venturoso: “E viveram felizes para sempre”.
A igreja em Sardes fora morrendo aos poucos, até esvaziar-se do Espírito Santo. Mas ninguém dizia que estava morta. Sempre bem maquiada administrativamente, e ostentando ricos ornatos litúrgicos, conseguia fingir uma vida que enganava a própria vida, agora, ali estava Sardes à espera do beijo que a desencantaria do sono fatal.
O Príncipe da vida não apareceu. Mas enviou-lhe uma carta, por intermédio de João, buscando reavivar-lhe a partícula de vida que lhe remanescia no organismo. Um organismo adoentado, mumificando-se organizacionalmente. A carta trouxe não só o beijo do Noivo, mas o hálito do Espírito Santo que, assoprando sobre ela um grande avivamento, ressuscitá-la-ia para uma vida de plenitude.
Muitas igrejas, hoje, assemelham-se a Sardes. Morreram e ainda não o sabem. Vivem do passado, pois já não existem no presente. E , apesar de serem admiradas como história, são lastimadas por já não fazerem história. 


( OS SETE CASTIÇAIS DE OURO)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


Seremos responsáveis pelos nossos atos se não possuirmos livre-arbítrio?


Quem quer que acredite que "o que tem que ser, será" pode tentar escapar à responsabilidade moral apesar de ter agido erradamente defendendo que tal estava predestinado por leis rígidas de causa e efeito.
Mas se a livre escolha realmente existe na altura de escolher, os homens têm claramente responsabilidade moral por decidirem entre duas ou mais alternativas genuínas, e o álibi determinista não tem qualquer peso. (...) [Há] uma intuição vulgar imediata e poderosa, que é partilhada por virtualmente todos os seres humanos de que existe liberdade de escolha. Esta intuição parece-me tão forte como a sensação de prazer ou de dor; e a tentativa dos deterministas provarem que esta intuição é falsa é tão artificial como a pretensão […] de que a dor não é real. Claro que a existência desta intuição não prova por si a existência da liberdade de escolha, mas justamente por ser uma intuição tão forte, coloca o ónus da prova do lado dos deterministas, que têm que provar que se baseia numa ilusão.